Marcas e Símbolos: A linguagem da sociedade de consumo
Você já parou para pensar por que usamos certas marcas com tanto orgulho? Mais do que produtos ou logotipos, as marcas carregam significados profundos — funcionais, emocionais e simbólicos. E é justamente esse último que revela como, ao longo da história, os símbolos sempre foram usados para expressar papéis sociais, status e identidade.
A marca como símbolo na sociedade contemporânea
Hoje, uma marca representa muito mais do que uma simples identificação comercial. Ela entrega valor ao consumidor em diferentes camadas:
Benefícios funcionais: ligados à utilidade prática (ex: um carro que consome menos gasolina).
Benefícios emocionais: como segurança, conforto ou pertencimento.
Benefícios simbólicos: também chamados de autoexpressão, estão ligados à imagem, identidade e ao status que aquele consumo comunica.
Esse benefício simbólico tem raízes profundas na história da humanidade.
O uso de símbolos nas primeiras sociedades
Desde que os seres humanos passaram a viver em sociedade, os papéis sociais foram se organizando: líderes, guerreiros, curandeiros, cuidadores… E para que cada papel fosse facilmente identificado, foram criados símbolos visuais distintos: cocares, pinturas corporais, colares, máscaras, armas.
Em uma tribo indígena, por exemplo, é fácil perceber quem é o líder, o curandeiro ou o guerreiro, apenas observando seus adornos. Esses elementos não apenas identificam a função de cada um, mas também comunicam prestígio, autoridade ou pertencimento.
A evolução dos símbolos de status
Com o passar dos séculos, os símbolos de poder mudaram de forma, mas não de função. A coroa de um rei, o cetro do faraó, a mitra do papa — todos são artefatos simbólicos que atribuem autoridade e diferenciação.
A grande mudança acontece com o avanço da sociedade de consumo e a possibilidade de mobilidade social. Os símbolos de prestígio deixam de ser herdados por nascimento e passam a ser conquistados pelo consumo.
Hoje, é possível “adquirir” status ao comprar certas marcas. Um tênis de grife, um relógio de luxo, um carro específico ou até mesmo a escolha de uma cafeteria refletem quem você é ou deseja ser dentro de determinado grupo social.
As marcas como facilitadoras de identidade
Vivemos em uma sociedade cada vez mais fragmentada, onde existem múltiplos grupos sociais e estilos de vida. Em cada um deles, há marcas que representam valores, comportamentos, ideologias e estéticas específicas.
Um jovem alternativo pode expressar sua rebeldia por meio de marcas que valorizam a sustentabilidade e o “faça você mesmo”.
Um profissional de sucesso pode optar por marcas que comunicam sofisticação, exclusividade e poder.
Um pai ou mãe pode se identificar com marcas que comunicam cuidado, segurança e valores familiares.
Ou seja, as marcas se tornaram ferramentas simbólicas de autoexpressão, ajudando as pessoas a se conectarem com comunidades e narrativas que ressoam com suas identidades.
Conclusão: o poder invisível das marcas
A marca é, hoje, o novo cocar, a nova coroa, o novo símbolo de pertencimento e diferenciação. Mais do que logotipos ou slogans, elas são representações simbólicas que comunicam valores, status, identidade e até ideologias.
Entender o papel simbólico das marcas é essencial para qualquer profissional de branding, marketing ou comunicação. Afinal, as marcas não vendem apenas produtos — elas vendem significados.
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